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B2. CO_Verbos/Presente/P.P.S._Discurso DJTM_O que é amar um país?

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Complete o excerto do discurso com os verbos dados no presente do indicativo e no pretérito perfeito simples.

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B2. CO_Verbos/Presente/P.P.S._Discurso DJTM_O que é amar um país?

Complete o excerto do discurso com os verbos dados no presente do indicativo e no pretérito perfeito simples.

PRO-Português (Timor-Leste)
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Reabilitar o pacto comunitário
O que significa estar no mesmo barco ? Permitam - me pegar numa parábola . há anos , atribuída à antropóloga Margaret Mead , a seguinte história . Um estudante ter - lhe - ia perguntado qual seria para ela o primeiro sinal de civilização . E a expectativa geral que nomeasse , por exemplo , os primeiríssimos instrumentos de caça , as pedras de amolar ou os ancestrais recipientes de barro . Mas a antropóloga a todos , identificando como primeiro vestígio de civilização um fémur quebrado e cicatrizado . No reino animal , um ser ferido automaticamente condenado à morte , pois fica fatalmente desprotegido face aos perigos e de se poder alimentar a si próprio . Que um fémur humano se tenha quebrado e restabelecido documenta a emergência de um momento completamente novo : quer dizer que uma pessoa não foi deixada para trás , sozinha ; que alguém a na sua fragilidade , dedicou - se a ela , oferecendo - lhe o cuidado necessário e garantindo a sua segurança , até que recuperasse . A raiz da civilização , por isso , a comunidade . É na comunidade que a nossa história . Quando do eu formos capazes de passar ao nós e de dar a este uma determinada configuração histórica , espiritual e ética .
É interessante escutar o que diz a etimologia latina da palavra comunidade ( communitas ) . Associando dois termos , cum e munus , ela explica que os membros de uma comunidade ? e também de uma comunidade nacional ? não unidos por uma raiz ocasional qualquer . Estão ligados sim por um múnus , isto é , por um comum dever , por uma tarefa partilhada . Que tarefa é essa ? Qual a primeira tarefa de uma comunidade ? Cuidar da vida . Não há missão mais grandiosa , mais humilde , mais criativa ou mais atual .
Celebrar o Dia de Portugal , portanto , reabilitar o pacto comunitário que é a nossa raiz . Sentir que parte uns dos outros , empenharmo - nos na qualificação fraterna da vida comum , ultrapassando a cultura da indiferença e do descarte . Uma comunidade desvitaliza - se quando perde a dimensão humana , quando de colocar a pessoa humana no centro , quando não se empenha em tornar concreta a justiça social , quando desiste de corrigir as drásticas assimetrias que nos , quando , com os olhos postos naqueles que se posicionar como primeiros , se esquece daqueles que são os últimos . Não esquecer a multidão dos nossos concidadãos para quem o Covid19 ficará como sinónimo de desemprego , de diminuição de condições de vida , de empobrecimento radical e mesmo de fome . Esta tem de ser uma hora de solidariedade . No contexto do surto pandémico , , por exemplo , um sinal humanitário importante a regularização dos imigrantes com pedidos de autorização de residência , pendentes no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras . O desafio da integração é , porém , como , imenso , porque se trata de ajudar a construir raízes . E essas não se improvisam : são lentas , tempo , políticas apropriadas e uma participação do conjunto da sociedade . Lembro - me de um diálogo do filme do cineasta Pedro Costa , «Vitalina Varela» , onde se diz a alguém que chega ao nosso país : atrasada , aqui em Portugal não há nada para ti» . Sem compaixão e fraternidade - se apenas os muros e aliena - se a possibilidade de lançar raízes .
( https : / / www . dnoticias . pt / pais / pode - ler - aqui - na - integra - a - intervencao - de - jose - tolentino - mendonca - no - dia - de - portugal - FB6407421 )