Jogos Indígenas - PROF. ANDERSON
Froggy Jumps
UNIDADE TEMÁTICA: Brincadeiras e Jogos.
OBJETO DE CONHECIMENTO – Brincadeiras Indígenas.
(EF35EF02)
Os povos indígenas têm uma grande variedade de jogos e brincadeiras. Alguns são amplamente conhecidos por diversas comunidades indígenas, enquanto outros são compartilhados também com não indígenas, como é o caso da peteca e da perna de pau. Há também jogos curiosos e originais. Existem brincadeiras exclusivas para crianças, outras que envolvem adultos e que ensinam técnicas valiosas para aqueles que desejam se destacar!
Existem brincadeiras específicas para meninos, outras para meninas. Algumas exigem a construção do brinquedo antes do início do jogo! Nesse caso, é necessário adentrar a mata, encontrar o material adequado, aprender a confeccionar o brinquedo e, somente então, iniciar a brincadeira. No entanto, isso não é um obstáculo, pois a construção do brinquedo também faz parte da diversão!
Agora, vamos conhecer algumas brincadeiras e jogos de diferentes povos indígenas!
1- TA
Para jogar o Ta, em primeiro lugar, é preciso fazer o brinquedo. Trata-se de uma roda de palha recoberta com cortiça de embira (uma árvore típica da região do cerrado) ainda verde e que tem o mesmo nome do jogo: ta.
O objetivo do jogo é acertar o Ta usando um arco e flecha. Para isso se formam dois times, dispostos em fileiras bem distantes entre si. Um jogador assume a função de lançador e atira o brinquedo pelo ar na direção do time adversário.
À medida que o Ta, rodando, entra em contato com o chão e vai passando em grande velocidade pela frente dos jogadores do time adversário, eles tentam, um após outro, acertá-lo com suas flechas.
Se ninguém acertar, os times invertem suas funções. Quando alguém consegue acertar o alvo, seu time segue testando a pontaria. Já o time oponente perde o lançador, que sai temporariamente do jogo, sendo substituído por outro jogador.
Este jogo desenvolve a precisão, a pontaria e a concentração.
2- HEINÉ KUPUTISÜ
Neste jogo de resistência e equilíbrio, o corredor deve correr num pé só, feito um saci, e não pode trocar de pé. Uma linha é traçada na terra para definir o local da largada e um outro, a uns 100 metros de distância, aponta a meta a ser atingida.
Se o jogador conseguir ultrapassar a meta é considerado um vencedor, mas se parar antes de chegar na linha final, é sinal de que ainda não tem a capacidade esperada e precisa treinar mais. Apesar de a velocidade não ser o mais importante, todos tentam fazer o caminho o mais rápido que podem, mas no fim, vence quem foi mais longe. O jogo, de que participam homens, adultos e crianças, acontece no centro da aldeia.
3- PETECA
O nome “peteca” – de origem Tupi e que significa “tapear”, “golpear com as mãos” – é hoje o mais popular entre todos os nomes desse brinquedo tão conhecido no Brasil.
Ainda hoje muitas pessoas aguardam o tempo das colheitas para elaborar seus brinquedos. Com as palhas do milho trançam diferentes amarras e laços e criam petecas de vários formatos.
O senhor Toptiro é cacique da aldeia Xavante Abelhinha, no Mato Grosso e costuma dizer que uma única brincadeira por dia é suficiente para animar as crianças. Para quem vive o tempo acelerado das grandes cidades, pode parecer incrível que um grupo de crianças de 4 a 13 anos consiga permanecer ocupado um dia inteiro com apenas uma brincadeira.
Só a busca das palhas na roça já garante muitas aventuras no caminho.
Com o material nas mãos, é preciso estar bem atento para fazer uma peteca. É preciso ter tempo para olhar, tentar, errar, refazer e aprender.
Depois de pronto, o brinquedo xavante está leve e ágil para ser usado em um jogo que exige as mesmas habilidades dos participantes: leveza e agilidade.
Essa brincadeira indígena é muito parecida com uma partida de “queimada” – aquele jogo de arremessar a bola no adversário – mas há algumas diferenças: troca-se a bola por meia dúzia de tobdaés; não existe um campo definido por linhas no chão; e, no lugar das duas equipes, dois adversários disputam a partida.
Cada jogador começa a partida com uns três tobdaé nas mãos. Ao mesmo tempo em que faz seus lançamentos, precisa fugir dos arremessos do adversário para não ser queimado. Esse “corre e pega” só termina quando uma pessoa é atingida por um dos tobdaé do outro. A pessoa “queimada” sai do jogo e dá a vez para um novo jogador, e a disputa recomeça.
Mangá é o nome dado pelos Guarani a esse brinquedo - o verdadeiro avô das petecas encontradas principalmente no interior paulista.
Nicolau, um índio Guarani, é um professor muito querido e brinca de mangá com as crianças de sua comunidade. Existe também o yó, um outro tipo de peteca que não é feito com a palha do milho, mas com o sabugo partido ao meio. Duas penas de galinhas do mesmo tamanho são cuidadosamente colocadas no centro do sabugo, dando ao brinquedo um movimento giratório que imita as hélices de um helicóptero no ar. O desafio é ver quem consegue jogar mais longe o seu yó.
Com estes exemplos, vimos como alguns povos fabricam a sua própria peteca e descobrimos que este brinquedo é tão popular entre os povos indígenas como entre os não indígenas.
4- FIGURAS DE BARBANTE
Crianças e adultos de todos os cantos do mundo criam nas próprias mãos figuras com fios que representam formas do cotidiano, como: vassoura, estrela, rede, casa, pé de galinha, peixe, diamante, balão, morcego, entre outras. Sabem também fazer incríveis mágicas: “cortam o pescoço”, emendam duas pontas dos fios na boca, passam a mão de alguém entre os fios, desfazem vários nós com um único puxão, fazem mágicas com os pés etc.
Na aldeia Canauanim, em Roraima, onde vivem cerca de 600 índios Wapixana, e um pouco mais de 100 famílias, vive Dona Júlia, a mãe do tuxaua, o chefe da aldeia.
Além das muitas histórias que conhece, dona Júlia ensina os mais novos da aldeia a fiar o algodão com uma ferramenta feita de casco de jabuti. Quando juntam vários novelos bem branquinhos, ela gosta de tecer rede de dormir e de brincar de fazer figuras e mágicas nos dedos com os pequenos pedaços que sobram. Dá um nó na ponta e começa a mostrar suas habilidades com os fios, sob o olhar atento dos netos e parentes.
Assim, de mão em mão, e ao que parece dos avós para netos, figuras feitas com fios barbantes passeiam por diferentes culturas, espalham-se entre os povos e criam imagens incríveis!
Uma das imagens preferidas de dona Júlia é a mágica de matar carapanã, os famosos pernilongos.
Os adultos, homens e mulheres, fazem trançados complexos e as crianças figuras mais simples, numa velocidade incrível. As crianças realizam estes trançados e depois os passam para as mãos de outras, que vão transformando os desenhos até voltar novamente à forma original. Além de divertido, esse jogo desenvolve a criatividade, a memória e a precisão.
Disponível em: https://mirim.org/pt-br/como-vivem/brincadeiras ADAPTADO
OBJETO DE CONHECIMENTO – Brincadeiras Indígenas.
(EF35EF02)
Os povos indígenas têm uma grande variedade de jogos e brincadeiras. Alguns são amplamente conhecidos por diversas comunidades indígenas, enquanto outros são compartilhados também com não indígenas, como é o caso da peteca e da perna de pau. Há também jogos curiosos e originais. Existem brincadeiras exclusivas para crianças, outras que envolvem adultos e que ensinam técnicas valiosas para aqueles que desejam se destacar!
Existem brincadeiras específicas para meninos, outras para meninas. Algumas exigem a construção do brinquedo antes do início do jogo! Nesse caso, é necessário adentrar a mata, encontrar o material adequado, aprender a confeccionar o brinquedo e, somente então, iniciar a brincadeira. No entanto, isso não é um obstáculo, pois a construção do brinquedo também faz parte da diversão!
Agora, vamos conhecer algumas brincadeiras e jogos de diferentes povos indígenas!
1- TA
Para jogar o Ta, em primeiro lugar, é preciso fazer o brinquedo. Trata-se de uma roda de palha recoberta com cortiça de embira (uma árvore típica da região do cerrado) ainda verde e que tem o mesmo nome do jogo: ta.
O objetivo do jogo é acertar o Ta usando um arco e flecha. Para isso se formam dois times, dispostos em fileiras bem distantes entre si. Um jogador assume a função de lançador e atira o brinquedo pelo ar na direção do time adversário.
À medida que o Ta, rodando, entra em contato com o chão e vai passando em grande velocidade pela frente dos jogadores do time adversário, eles tentam, um após outro, acertá-lo com suas flechas.
Se ninguém acertar, os times invertem suas funções. Quando alguém consegue acertar o alvo, seu time segue testando a pontaria. Já o time oponente perde o lançador, que sai temporariamente do jogo, sendo substituído por outro jogador.
Este jogo desenvolve a precisão, a pontaria e a concentração.
2- HEINÉ KUPUTISÜ
Neste jogo de resistência e equilíbrio, o corredor deve correr num pé só, feito um saci, e não pode trocar de pé. Uma linha é traçada na terra para definir o local da largada e um outro, a uns 100 metros de distância, aponta a meta a ser atingida.
Se o jogador conseguir ultrapassar a meta é considerado um vencedor, mas se parar antes de chegar na linha final, é sinal de que ainda não tem a capacidade esperada e precisa treinar mais. Apesar de a velocidade não ser o mais importante, todos tentam fazer o caminho o mais rápido que podem, mas no fim, vence quem foi mais longe. O jogo, de que participam homens, adultos e crianças, acontece no centro da aldeia.
3- PETECA
O nome “peteca” – de origem Tupi e que significa “tapear”, “golpear com as mãos” – é hoje o mais popular entre todos os nomes desse brinquedo tão conhecido no Brasil.
Ainda hoje muitas pessoas aguardam o tempo das colheitas para elaborar seus brinquedos. Com as palhas do milho trançam diferentes amarras e laços e criam petecas de vários formatos.
O senhor Toptiro é cacique da aldeia Xavante Abelhinha, no Mato Grosso e costuma dizer que uma única brincadeira por dia é suficiente para animar as crianças. Para quem vive o tempo acelerado das grandes cidades, pode parecer incrível que um grupo de crianças de 4 a 13 anos consiga permanecer ocupado um dia inteiro com apenas uma brincadeira.
Só a busca das palhas na roça já garante muitas aventuras no caminho.
Com o material nas mãos, é preciso estar bem atento para fazer uma peteca. É preciso ter tempo para olhar, tentar, errar, refazer e aprender.
Depois de pronto, o brinquedo xavante está leve e ágil para ser usado em um jogo que exige as mesmas habilidades dos participantes: leveza e agilidade.
Essa brincadeira indígena é muito parecida com uma partida de “queimada” – aquele jogo de arremessar a bola no adversário – mas há algumas diferenças: troca-se a bola por meia dúzia de tobdaés; não existe um campo definido por linhas no chão; e, no lugar das duas equipes, dois adversários disputam a partida.
Cada jogador começa a partida com uns três tobdaé nas mãos. Ao mesmo tempo em que faz seus lançamentos, precisa fugir dos arremessos do adversário para não ser queimado. Esse “corre e pega” só termina quando uma pessoa é atingida por um dos tobdaé do outro. A pessoa “queimada” sai do jogo e dá a vez para um novo jogador, e a disputa recomeça.
Mangá é o nome dado pelos Guarani a esse brinquedo - o verdadeiro avô das petecas encontradas principalmente no interior paulista.
Nicolau, um índio Guarani, é um professor muito querido e brinca de mangá com as crianças de sua comunidade. Existe também o yó, um outro tipo de peteca que não é feito com a palha do milho, mas com o sabugo partido ao meio. Duas penas de galinhas do mesmo tamanho são cuidadosamente colocadas no centro do sabugo, dando ao brinquedo um movimento giratório que imita as hélices de um helicóptero no ar. O desafio é ver quem consegue jogar mais longe o seu yó.
Com estes exemplos, vimos como alguns povos fabricam a sua própria peteca e descobrimos que este brinquedo é tão popular entre os povos indígenas como entre os não indígenas.
4- FIGURAS DE BARBANTE
Crianças e adultos de todos os cantos do mundo criam nas próprias mãos figuras com fios que representam formas do cotidiano, como: vassoura, estrela, rede, casa, pé de galinha, peixe, diamante, balão, morcego, entre outras. Sabem também fazer incríveis mágicas: “cortam o pescoço”, emendam duas pontas dos fios na boca, passam a mão de alguém entre os fios, desfazem vários nós com um único puxão, fazem mágicas com os pés etc.
Na aldeia Canauanim, em Roraima, onde vivem cerca de 600 índios Wapixana, e um pouco mais de 100 famílias, vive Dona Júlia, a mãe do tuxaua, o chefe da aldeia.
Além das muitas histórias que conhece, dona Júlia ensina os mais novos da aldeia a fiar o algodão com uma ferramenta feita de casco de jabuti. Quando juntam vários novelos bem branquinhos, ela gosta de tecer rede de dormir e de brincar de fazer figuras e mágicas nos dedos com os pequenos pedaços que sobram. Dá um nó na ponta e começa a mostrar suas habilidades com os fios, sob o olhar atento dos netos e parentes.
Assim, de mão em mão, e ao que parece dos avós para netos, figuras feitas com fios barbantes passeiam por diferentes culturas, espalham-se entre os povos e criam imagens incríveis!
Uma das imagens preferidas de dona Júlia é a mágica de matar carapanã, os famosos pernilongos.
Os adultos, homens e mulheres, fazem trançados complexos e as crianças figuras mais simples, numa velocidade incrível. As crianças realizam estes trançados e depois os passam para as mãos de outras, que vão transformando os desenhos até voltar novamente à forma original. Além de divertido, esse jogo desenvolve a criatividade, a memória e a precisão.
Disponível em: https://mirim.org/pt-br/como-vivem/brincadeiras ADAPTADO
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Âge recommandé: 10 ans
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